Quando pensamos em roupa, a primeira coisa que vem a cabeça é o mercado, quem vende o que, o que queremos comprar – quais são os nossos must have da estação. Mas quando pensamos em moda, não em uma das industrias que mais emprega no país, e sim o modus, a maneira do nos comportar, percebemos que moda é muito mais do que roupa. Moda é nossa atitude, nossa forma de vestir roupas, compondo looks e mostrando quem somos através da roupa.
Faz tempo que moda deixou de ser sinônimo de futilidade ou celebração de consumo desenfreado. É preciso estudar a moda como um fenômeno de novas referências e finalidades, percebendo sua relevância nas mudanças em relação à representação, pelas pessoas, de novos valores, desejos e sentimento de si, na celebração cultural de uma identidade única.
Ao renovar o modo de se vestir, seja nas formas como na inconstância da aparência, a moda proporciona aos formadores de opinião uma afirmação do individual sobre o coletivo, oferecendo a quem “inventa moda” a sensação ao mesmo tempo pertencer a algum grupo e também se destacar entre seus semelhantes, sendo único e especial.
Pertencer e ser individual são duas necessidades emocionais do ser humano. A primeira permite encontrarmos nossos pares, sermos reconhecidos e confirmados pelo outro, enquanto a segunda nos faz sentir diferentes e especiais, pois não gostamos de ser confundidos. Em ambas a roupa está presente, tanto para nos confirmar quanto para nos diferenciar, ou seja, para comunicar quem somos e dizer a que viemos nesse mundo!
Se a moda fala quem a gente é, pode-se dizer que é parte da nossa cultura e por isso mesmo, pode ser analisada como um indicador das transformações de comportamento e como um agente de interpretação do mundo moderno.
Estudar moda é mais do que gostar de roupa. Estudar moda é entender a época em que vivemos. Estar informado do que acontece ao nosso redor, seja em relação ao próximo ou em relação ao meio ambiente. Estudar moda é estar na moda !
postado por manita